Morreu também o Ir.Gobetti, quem sabe menos conhecido. Sempre foi destes irmãos que fazem trabalhos escondidos: rouparia, portaria, cozinha, mais tarde trabalhos de correspondência. Teve Gangrena, cortou as pernas, não resistiu.
Do Faria vai aqui um histórico.
|
Em resposta à carta congratulatória do Pe. Provincial, Francisco Ivern (7 de janeiro de 1997) pelos seus 60 anos de Companhia, onde classifica o Pe. Faria como incansável empreendedor das causas do Reino de Deus, militando corajosa e afoitamente, em áreas tão adversas, marcando sua presença sacerdotal em muitas famílias e ambientes de São Paulo, Pe. Faria escreve assim (a 10 de março de 97) “ao receber a sua tão gentil carta levei um susto! Realmente, positiva, animadora e bem diferente de “tantas” recebidas na minha vida. ,,, Só lamento não ter podido fazer pela Companhia que tanto amo, o que fiz por outras organizações.
Entrou aos dez anos para a EA de Friburgo, onde tinha nascido em ... aí, no velho Chateau fez o noviciao, o juniorado e a filosofia. Depois foi para o Colégio São Louis para o Magistério. Cursou a teologia em Roma, ordenando-se sacerdote em 1951.
Fez a terceira Provação em Gandia.
De 1953 a 1954 Prefeito de Alunos no Colégio S.Luis, Administrador Geral,
De 1955 e 1956 no colégio Sto Inácio do Rio.
De 1957 e 1958, de novo no Colégio São Luis Prefeito de alunos e encarregado dos Ex-Alunos
1961 e 1962 Administrador Geral da PUC-Rio
1967 e 1968 Conselheiro do MUDES (mov.univ.desenv economico social, Rio de J.
1966 a 1969 Diretor Adjunto da FEI, implementações dos prédios.
De 1969 a 1975: no Colégio São Luis, Prefeito Geral de Alunos
De 1976 a 1978 foi Ministro e Ecônomo da Casa de Escritores, desenvolvendo cargos junto ao Ministério de Educação.
Este período foi bastante conturbado para sua pessoa, pois intimamente se achava o candidato natural para reitoria do Colégio São Luis. E não foi. Fixou-se então com o movimento dos Ex-alunos (ASIA) com quem formou uma bolha na história do Colegio, bolha esta que até os dias de hoje tem suas conseqüências.
De 1979 a 1982 trabalhou na Secretaria de Educação do Estado de S.Paulo, diretor da “fundação do livro”.
De 1983 desempenhou o cargo de Ministro da casa de Anchieta e Pátio do Colégio.
Consta como Ministro, operário, confessor, no Pátio até o ano de 1992.
Em 1993 já consta na comunidade da Igreja São Gonçalo, exercendo a capelania do Hospital Sta. Rita, onde praticamente morava.
Houve um tempo em que entrou em crise de pertença à Companhia, foi morar inclusive com os Padres do Colégio São Norberto.
Se temperamento e suas idéias nem sempre comungavam com a linha de Pe.Arrupe e Pe. Peter Hans-Kolvenbach.
Não admira que ele sempre tivesse convites mil para celebrar casamentos, batizados, bodas, em toda parte, nas Igrejas, nas residências, nos sítios, nas fazendas. Quem sabe, tenha sido o jesuíta mais conhecido e popular nos meios sociais de S.Paulo.